Derreter-te
Com lágrimas
Sem esperar nada em troca,
Testando só deus sabe o que
Lendo nos teus olhos a força
De nossas presenças.
Juntos,
Como dois lados da maçã,
No gosto do invento
-Sem tempo-
Num frio de dar medo;
É a pólvora do sentimento.
Quem sabe eu me retiro?
Pro retiro de minha alma.
De teus olhos, os meus eu tiro.
Já que, neste vale,
Solto nada viro.
Agora corro,
Seguindo os passos do crepúsculo,
Mesmo tendendo a ver
Sempre,
Aquele escuro.
quinta-feira, 19 de março de 2009
quarta-feira, 11 de março de 2009
Brisa
A brisa
Que alisa,
Frisa,
Queima.
Teima em passar e,
Sem dizer por que,
Sorri com gosto de pó
-Que o passado tráz. -
O cheiro
Dos eucaliptos,
Solitário,
No som do amanhecer
A música de viver
Que nunca acaba.
Presos e soltos
Numa jaula
Com vista inventada.
De crustáceos elípticos
Do fundo do mar
Chamam os desavisados
Para uma viajem sem volta.
A brisa
Que alisa,
Frisa,
Queima.
Teima em passar e,
Sem dizer por que,
Sorri com gosto de pó
-Que o passado tráz. -
O cheiro
Dos eucaliptos,
Solitário,
No som do amanhecer
A música de viver
Que nunca acaba.
Presos e soltos
Numa jaula
Com vista inventada.
De crustáceos elípticos
Do fundo do mar
Chamam os desavisados
Para uma viajem sem volta.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Estações
São como teu caminhar, no tempo que passa.
Cada segundo a atravessar um buraco.
Num sonho, tuas armadilhas ecoam
E me deixam,
Sem palavras.
Raio de sol da manhã, me trazendo a ti
Só espio, pra ver se me espias também.
Mas desta vez acho que você, meu sonho,
Só vai durar até a noite chegar
Pois minhas curtas palavras não chegam à ti.
Oh, ai de mim, tragédia bárbara.
Mergulho em um poço de lágrimas,
Meu navio apenas voa em um mar de sentimentos
E antes do inverno chegar preciso que sejas minha.
Diante do véu maravilhoso de minha janela que
A luz das estrelas ilumina, temo por seu brilho.
Por trás deste véu que me trazes tu, ó tu, que foges
Mas que não me deixa jamais, me fazendo estremecer
Perante o frio dessa angústia!
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Solidão
Às vezes me sinto
Como num vazio,
Em que só janelas quebradas
Me separam do mundo
Exterior.
Vozes me chamam
Mas apenas continuo a dançar
A dança de tua saudade.
Nada como a felicidade,
Em horas como essas.
Mas não estás aqui
E meu pranto não vai acabar
Até que apareças.
A vida passa
E não vens, não vens.
Que tens a me dizer,
Meu amor,
Em saber que nem te conheço
E já és minha?
Por trás de minha frágil figura
Existe alguém
Que quer te conhecer
Te ter.
Solidão, ó solidão.
És a espera,
A fumaça,
O fogo que queima
No meu coração,
E que me deixa
Desesperado.
Como num vazio,
Em que só janelas quebradas
Me separam do mundo
Exterior.
Vozes me chamam
Mas apenas continuo a dançar
A dança de tua saudade.
Nada como a felicidade,
Em horas como essas.
Mas não estás aqui
E meu pranto não vai acabar
Até que apareças.
A vida passa
E não vens, não vens.
Que tens a me dizer,
Meu amor,
Em saber que nem te conheço
E já és minha?
Por trás de minha frágil figura
Existe alguém
Que quer te conhecer
Te ter.
Solidão, ó solidão.
És a espera,
A fumaça,
O fogo que queima
No meu coração,
E que me deixa
Desesperado.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Saudade,
Vontade,
Sorrisos ocultos.
De tempos em tempos tudo muda radicalmente
Eu apenas continuo a dançar conforme a música que
Sem eu entender,
Continua a tocar
Sem parar.
São as tristezas e alegrias...
Sabe, às vezes me perco em mim mesmo.
E fico a me perguntar qual o sentido da espera.
Se é infinita, se é relativa.
Ou se realmente
Conseguiríamos viver
Sem a beleza de saber que somos a eternidade.
O amor, a alegria, a ideologia.
As lágrimas, os porres.
A forma com que tudo está contido.
E ao mesmo é como se gritasse
Em nome do amor
Da saudade,
Da vontade,
Da eternidade.
Tristeza,
Felicidade,
Resumidos,
Numa espera delirante.
Vontade,
Sorrisos ocultos.
De tempos em tempos tudo muda radicalmente
Eu apenas continuo a dançar conforme a música que
Sem eu entender,
Continua a tocar
Sem parar.
São as tristezas e alegrias...
Sabe, às vezes me perco em mim mesmo.
E fico a me perguntar qual o sentido da espera.
Se é infinita, se é relativa.
Ou se realmente
Conseguiríamos viver
Sem a beleza de saber que somos a eternidade.
O amor, a alegria, a ideologia.
As lágrimas, os porres.
A forma com que tudo está contido.
E ao mesmo é como se gritasse
Em nome do amor
Da saudade,
Da vontade,
Da eternidade.
Tristeza,
Felicidade,
Resumidos,
Numa espera delirante.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
O orvalho e o tempo
Tempo que corre solto,
Levado pelo vento,
Que nem vemos,
E que leva
O de bom
Ou o de ruim
E enquanto isso
Seguimos,
Ao som do jazz,
Pelas noites e dias
Que nunca acabam.
Tristes rostos
Lamúrias de jovens
Velhos
Pobres coitados
Caindo na sarjeta de um bar
Parisiense
Á luz reluzente
Da gota de orvalho
Que o relógio trás
Para o próximo crepúsculo
Levado pelo vento,
Que nem vemos,
E que leva
O de bom
Ou o de ruim
E enquanto isso
Seguimos,
Ao som do jazz,
Pelas noites e dias
Que nunca acabam.
Tristes rostos
Lamúrias de jovens
Velhos
Pobres coitados
Caindo na sarjeta de um bar
Parisiense
Á luz reluzente
Da gota de orvalho
Que o relógio trás
Para o próximo crepúsculo
Amor
Vozes lúcidas e aveludadas
Que me seduzem
Como o fogo
Em uma noite de frio.
Sou água,
Mas preciso
De teu fogo
Pra em mim mesmo
Novamente mergulhar
Em uma penúria de paixão
Enfurecida.
Agasalhos da alma,
Feitio de teu rosto
Expelindo a expressão
Dos ventos lancinantes
De uma linda paisagem
Que por sob o véu
De tua elegância
Deixam-me
De queixo caído.
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