quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Sentidos

Certa vez senti que meus sentidos me enganavam

Que nos meus olhos não poderia mais confiar

Que minhas lágrimas haveriam retratar

Traduzir minhas dúbias faces,

Que de novo a perna meus sentidos me passaram!

De minhas lágrimas servem-se, sedentos, meus olhos.

O juiz que há em mim procura festejar o motivo da nova punição

E em meio à esse caos, minha moral vacila

Em meio às explosões

Dessa terna destruição!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Mergulho

Mergulho em águas negras

E às vezes nem posso gritar

É como se quanto mais eu tentasse nadar

Mais e mais acabo por afundar

Agora ninguém pode me escutar


O eco do silêncio é o mais presente

Apesar de não se notar

E em meio à tanto falatório

Relutamos em espiar


Mergulho meus olhos em lágrimas

Todas cristalinas

E sujo meu pensamento

Com conversas das mais íntimas


Sou amigo do silêncio

Sou amante do pesar

Filho do constante retornar