segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Mergulho

Mergulho em águas negras

E às vezes nem posso gritar

É como se quanto mais eu tentasse nadar

Mais e mais acabo por afundar

Agora ninguém pode me escutar


O eco do silêncio é o mais presente

Apesar de não se notar

E em meio à tanto falatório

Relutamos em espiar


Mergulho meus olhos em lágrimas

Todas cristalinas

E sujo meu pensamento

Com conversas das mais íntimas


Sou amigo do silêncio

Sou amante do pesar

Filho do constante retornar

2 comentários:

Felipe Johnson disse...

Eu amei o final... teus poemas expressam uma angústia existencial, e é tri interessante perceber como tu escrever a partir de uma proposta nietzscheana...

Abraço, cara!

Stigger disse...

Assino embaixo.